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Por que cuidar da voz é tão importante?
Por que cuidar da voz é tão importante?

Por que cuidar da voz é tão importante?

 

O ser humano inspira e o ar chega aos pulmões. Ao expirar, o ar é transformado

em som ao passar pela vibração das cordas vocais. O som é amplificado na face

que, uma vez articulada, produz os fonemas. Assim é produzida a voz. Assim se

dá a comunicação. No dia 16 de abril é comemorado o Dia Mundial da Voz. Descubra

como cuidar da sua voz e por que ela é tão importante.

A impossibilidade de falar e de se comunicar pode gerar diversos problemas físicos

como desconforto, dor e cansaço para falar, emocionais como nervosismo ou depressão,

sociais por dificultar a conversa em lugares ruidosos, e até problemas profissionais,

 posto que quanto mais evoluída uma sociedade, mais dependente da comunicação

o ser humano se torna. Todas essas implicações podem ser resumidas na perda da

qualidade de vida.

A perda da voz pode ocorrer, por exemplo, após o tratamento de um câncer na região

 da cabeça e do pescoço, como em casos de tumores na laringe, pregas vocais e boca.

Buscando a reabilitação de pacientes laringectomizados totais, foi criado no A.C.Camargo

o Grupo Sua Voz. A fonoaudióloga Elisabete Carrara, Diretora do Núcleo de

Fonoaudiologia do Hospital A.C.Camargo e coordenadora do projeto, explica que o principal

objetivo do grupo é devolver aos pacientes a qualidade de vida. "As referências de

qualidade de vida são muito individuais. Alguns doentes podem ficar arrasados

enquanto outros não dão muita importância ao fato e dizem que estar vivo é o que

 importa, como é o caso do Sr.Coryntho", ressalta.

Sr. Coryntho Baldoino Costa, 70 anos, realizou a laringectomia total em 2007 no

Hospital A.C.Camargo, em uma cirurgia que durou 15 horas. Fez fisioterapia e

 fonoaudiologia durante e após o tratamento e, atualmente, participa do Grupo Sua Voz.

 "Me sinto bem e venho me divertir. Tenho uma admiração por todos aqui e procuro

ajudar ao próximo em tudo que for possível. Sou advogado, faço o que gosto e, até

para o meu trabalho, a voz é tudo pra mim. Por isso, costumo dizer que o homem morre

 quando para de trabalhar e eu não vou parar", comenta.

Já o Sr. Carlos Bicudo Neto, de 67 anos, começou a participar do grupo recentemente.

Em 2003, após uma rouquidão que não passava, procurou um médico e foi diagnosticado

com câncer nas pregas vocais. Em 2006 o câncer voltou no mesmo lugar e foi necessário

retirar toda a laringe. Após ser tratado em outra instituição, foi aconselhado a procurar o

Hospital A.C.Camargo, centro de referência em tratamento de câncer, pois um terceiro

tumor havia aparecido em 2011. Dessa vez, seria necessária uma cirurgia de alto risco,

que envolveria uma equipe multidisciplinar de médicos dos Núcleos de Cabeça e Pescoço,

Cirurgia Vascular e Pulmão e Tórax.

Em fevereiro a cirurgia foi realizada com sucesso e, após dois meses, a região já havia

cicatrizado, o que possibilitou ao senhor Carlos trocar a alimentação por sonda, pela oral.

 Atualmente, ele afirma que está ótimo, come de tudo e não se sente inseguro. "Produzo

voz bucal para me comunicar. O único problema é que não consigo ser entendido ao

telefone. Por isso, começo hoje no grupo e passarei por avaliação daqui a um mês para

 entender o meu potencial para produzir voz esofágica. Para isso, faço acompanhamento

 com fonoaudiólogos duas vezes por semana e, em casa, faço exercícios diários", finaliza.